Oficinas de formação do Projeto Resgate a Infância são realizadas no Distrito Federal

Educadores e integrantes das redes de proteção social foram capacitados para o combate ao trabalho da criança e do adolescente. Mais de 200 profissionais participaram das oficinas

Iniciativa da coordenadora regional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente, procuradora Ana Maria Villa Real, as oficinas do Projeto Resgate a Infância foram realizadas nos dias 28 e 29 de agosto, na Procuradoria-Geral do Trabalho, em Brasília (DF).

Educadores, assistentes sociais, conselheiros tutelares e membros da sociedade civil organizada que atuam no Distrito Federal e no Entorno foram sensibilizados e treinados para combater o trabalho ilegal de jovens. “As oficinas tiveram uma peculiaridade; que foi a participação plural desses atores comprometidos com a temática da criança e do adolescente. Quanto mais conseguirmos expandir o conceito de que o trabalho infantil é uma violação grave aos direitos humanos, maiores serão os resultados na erradicação dessa mazela social”, declara a procuradora Ana Maria Villa Real.

O procurador Antonio de Oliveira Lima, palestrante das oficinas, explica que o Projeto Resgate a Infância consiste em conjunto de ações de conscientização da comunidade escolar e da sociedade sobre os direitos da criança e do adolescente, com foco na erradicação do trabalho infantil. “Esse trabalho de capacitação em rede, quando a gente envolve educadores, profissionais da assistência, do conselho e das entidades de formação profissional, ele é importante, na medida que ele aproxima esses atores. Quando nós trabalhamos os estudos de caso, é para mostrar que no dia a dia eles tem muitos casos parecidos com o que debatemos aqui e que podem fortalecer a ação no trabalho de mobilização de rede”, define.

Para a mediadora educacional do Instituto Crescer, Clara de Souza Chaves, as atividades práticas multissetoriais possibilitaram o debate sobre aspectos que podem ser dificultadores no combate à exploração no trabalho de crianças e adolescentes. “Participar da capacitação foi bastante significativo para mim. Foi possível conhecer um panorama do trabalho infantil no Brasil, identificar e discutir aspectos legais relacionados aos direitos de crianças e adolescentes e receber orientações pedagógicas para a abordagem do trabalho infantil. Considero bastante positiva a iniciativa do MPT em reunir numa mesma oficina profissionais de vários setores: educação, assistência social, conselhos tutelares e organizações da sociedade civil”, afirma.

Na avaliação do conselheiro tutelar Luis Antônio da Silva Villas, do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), o Treinamento contribuiu para identificação das soluções objetivas e respostas mais rápidas sobre as ações de combate ao trabalho precoce e irregular. “O evento veio agregar conhecimento e desmistificar muitas situações de incógnita. Também esclareceu pontos importantes da legislação, principalmente, dentro do contexto que eu convivo que é justamente onde mais se evidencia a questão da exploração do trabalho infantil”, acrescenta.

Para acessar às fotos das oficinas, clique aqui.

 

 

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