MPT participa de ação de combate ao trabalho infantil em escola no Sol Nascente
Evento integra as ações realizadas pelo MPT-DF em razão do dia 12 de junho, Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil
Os fóruns Nacional e Distrital de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e o Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal (MPT-DF) realizaram, na segunda-feira (4/6), evento onde o combate ao trabalho infantil foi a temática principal.
Os alunos da Escola Classe 66, localizada no Setor Habitacional Sol Nascente, assistiram a contadores de histórias, receberam exemplares do HQ da Turma da Mônica “Trabalho Infantil nem de brincadeira”, além de pipocas. A Escola conta com 1.200 alunos, na faixa etária entre 4 e 12 anos.
A diretora da Escola, Sandra Regina de Souza Santos, destaca que a exploração de crianças no trabalho infantil é uma realidade muito próxima da comunidade. “Às vezes o aluno chega muito cansado na Escola ou ainda há estudantes com as mãos machucadas em razão do trabalho braçal”. O objetivo do corpo docente é repassar as informações recebidas aos pais das crianças. “O próximo passo é convidar a comunidade para debater o assunto”, conclui.
Para a procuradora Ana Maria Villa Real, coordenadora regional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente no MPT-DF, a decisão de levar cidadania e informação para as crianças, jovens e educadores da Escola Classe 66 foi assertiva. “Fizemos uma escolha planejada para essa ação, numa região de elevada vulnerabilidade social. Nosso objetivo foi levar o tema para dentro da escola de forma lúdica. A visita teve um efeito muito positivo, pois conseguimos abordar diversos temas, explicando que as crianças não podem trabalhar. Devem aproveitar a infância e estudar”, afirma.
Na visão da secretária-executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, Isa Maria de Oliveira, a experiência foi oportuna e inovadora. “O trabalho infantil é um tema árduo, mas devemos inseri-lo no contexto de que crianças e adolescentes devem ter os seus direitos assegurados. Nosso desejo é estender para outras escolas, pois sabemos que as crianças são importantes porta-vozes nas suas famílias, na vizinhança e na comunidade”, explica.
