MPT na Escola vai à Secretaria da Educação e ao Centro de Ensino Fundamental 2 de Ceilândia

Procuradores alertam educadores sobre a importância de conscientizar alunos e pais sobre os males do trabalho infantil

O Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal (MPT-DF) iniciou a programação do “MPT na Escola” em 2017. O Projeto se propõe a debater a necessidade de alertar a sociedade, os responsáveis e os jovens sobre o prejuízo do trabalho infantil, principalmente com os profissionais da educação da rede pública de ensino, indispensáveis na conscientização da comunidade.

Na última semana, a procuradora Valesca de Morais do Monte, a procuradora Ana Maria Villa Real Ferreira Ramos e o procurador Paulo Neto se reuniram com professores da Secretaria da Educação e do Centro de Ensino Fundamental nº 2 da Ceilândia.

Os encontros realizados objetivam aprofundar o conhecimento sobre a legislação trabalhista acerca do tema, bem como desconstruir a falsa premissa de que o trabalho na infância dignifica e afasta os jovens da criminalidade.

A procuradora Valesca de Morais explica que, ao contrário do que se prega, o labor precoce é a primeira porta para que a criança seja vítima de outros males, como prostituição infantil, agressões físicas, além de a perpetuação da situação de pobreza de sua família.

“Quando temos como maior empecilho a questão cultural, a nossa luta precisa ser triplicada. Precisamos que no ambiente escolar esse tema seja trabalhado em sala de aula”.

Ela também diferenciou o trabalho infantil doméstico, uma das piores formas de trabalho infantil, das atividades domésticas que os pais passam aos filhos, como lavar louça e arrumar o quarto.

“O trabalho infantil doméstico não são as atividades domésticas que a mãe e o pai querem que o filho aprenda, a título educacional. As tarefas auxiliares em casa são do pátrio poder. O trabalho infantil doméstico que combatemos é a exploração da criança em atividades não adequadas à faixa etária, como, por exemplo trabalhar de babá em casa de outra família, para complementar a renda familiar”, explica.

Nas próximas semanas, outras escolas receberão a visita dos procuradores.

 

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